sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Blues em Português com Paulo Meyer

Este é um momento muito especial para meu Blog, pois um dos Bluesmen mais importantes do nosso país, dedicou seu tempo, para escrever e deixar suas opiniões em relação ao cenário blues do Brasil.

Estou falando de Paulo Meyer, cantor, gaitista e compositor de Blues. Quem nunca viu um Show do mestre Paulo Meyer e sua banda the Burning Bush, não sabe o que é um espetáculo de Blues. O Paulo Meyer é um artista inacreditável, e suas apresentações são maravilhosas.

Bem, chega de confetes e vamos logo ao que interessa. Abaixo temos na integra, todas as palavras do Mestre, boa leitura.

TB: Como surgiu o seu primeiro Blues em português ?

PM: “O primeiro blues?

Parece estranho para mim pensar COMO DEMOROU para o meu primeiro blues em português sair... eu já havia feito vários blues em inglês, eu vivi nos EUA, e sou professor de inglês. Compor blues em inglês é para mim uma coisa muito natural, sai uma letra diferente em cima de qualquer blues que eu estiver ouvindo, e às vezes até sem música, só a música na cabeça mesmo, e várias músicas que não são bem blues(têm a influência da batida, os acordes, mas não necessariamente os clássicos doze compassos para somente três acordes) em português, e eu já era músico profissional, e bandleader, quando saiu o primeiro blues de verdade em português.

O primeiro blues que eu fiz em português foi o Blues Do Catimbau, está no meu segundo CD, que muita gente pensa que é o primeiro, o CD foi gravado em 1998 e se chama Paulo Meyer & The Burning Bush - Cleansed In Muddy Waters, e é um blues que conta uma história, inspirada em fatos mais ou menos vistos e mais ou menos vividos, então saiu fácil porque acho que é uma história que eu tinha necessidade de contar, existem frases que eu acho que tinha necessidade de dizer, como "eu já vi de perto a morte"/"o mal que a gente faz no mundo, um dia vai ter que pagar"/"se você procurar direito, com certeza vai achar... do lado esquerdo do meu peito... um coração que sabe amar"/"ando de sunga no verão, ando de sunga no inverno... esta carne é passageira, mas o espírito é eterno".

TB: Ao escrever seu primeiro Blues em português, você teve algum receio de rejeição por parte do fiel público de Blues ?

PM: "Rejeição por parte do público fiel ao BLUES verdadeiro, tradicional?

Isso nem me passou pela cabeça, porque eu fiquei meio "tomado" pela necessidade que eu sentia de contar a história, e essa necessidade me fez desviar sem medo da temática principal do blues: problemas, mulheres e bebida, e especialmente problemas com mulheres e bebida - mas musicalmente falando, a letra só saiu porque eu peguei um violão, que raramente toco, e tirei dele uma frase musical, um riff ao estilo dos de John Lee Hooker, que vai pontuando a música toda, e a faz soar muito blues, mesmo não tendo os doze compassos tradicionais.

Agora mesmo escrevendo esta resposta, eu percebo que inconscientemente usei a mesma técnica que uso, inconscientemente também, só depois da música feita eu analiso a letra e me espanto com a quantidade de palavras de uma só sílaba, para compor em inglês e fazer com que a letra se encaixe "gostoso" na música: usar muitas palavras com UMA SÍLABA SÓ, então na hora de cantar cada palavra é uma nota musical.

O refrão, "O MAL QUE A gen-te FAZ NO mun-do, UM DIA VAI TER QUE pa-gar",tem onze palavras de uma só sílaba costurando três palavras de duas sílabas, 17 sílabas no total, acho que são 16 porque "QUE A" soa como uma sílaba só.

O Edson Franco, jornalista da Folha de São Paulo Que deu "BOLA PRETA" para o nosso CD, escreveu que as músicas da banda "soavam como tradução"

O Helton Ribeiro, da revista Blue'n'Jazz, referiu-se à letra dessa música como "Dylaneca", e eu concordo por dois motivos: 1 sou realmente influenciado por Bob Dylan, que admiro mto como compositor e letrista, e 2 a letra é realmente quilométrica.

O Roberto Miller Maia, antigo diretor da rádio Brasil 2000 que tinha um programa na hora do almoço onde falava tudo sobre rock, conhecido pela alcunha de homem-enciclopédia porque "sabia tudo" sobre rock, me disse que essa música é o melhor blues em português que ele já ouviu.

Você vê, as opiniões divergem, vou mandar pra você em mp3 assim que puder para que você possa ter a sua própria opinião" (Nosso Blog está aguardando esse som. risos)

TB: Você prefere compor em Inglês ou português ?

PM: "O primeiro blues EM INGLÊS surgiu há tanto tempo, lá na década de 70, que eu nem me lembro mais como era. (Risos)

Eu prefiro compor em inglês, é infinitamente mais fácil e eu quase invariávelmente gosto mais do resultado; compor em português é um desafio enorme e eu só encaro quando fico "tomado" por algo que é mais forte do que o meu "eu" normal"

TB: Existe hoje alguma banda de Blues brasileira, que tenha sons em português que você goste?

PM: "Eu gosto muito dos dois primeiros discos do André Christovam, as letras em português são maravilhosas, minha favorita é Dados Chumbados. Adoro Blues Etílicos, mas não me amarro muito nas letras em português.

Gosto muito dos blues ou quase-blues em português da década de 70, Mutantes "meu refrigerador não funciona", várias músicas do LUIZ MELODIA(primeiro disco), do JORGE MAUTNER são maravilhoras, e têm uma sonoridade muito BLUES. A Gal Costa também estava muito perto do BLUES no disco ao vivo FATAL. CAZUZA é incomparável no tanto que tem a dizer em cada frase.

Recentemente ouvi na internet a banda Marafa Blues, achei Rádio Velho uma música muito legal.

Um grande abraço de um cara que, como você, aprende sempre com os verdadeiros mestres do BLUES( Sonny Boy Williamson II, Muddy Waters e todos os outros que você conhece bem), Paulo Meyer"







Clique aqui e veja mais videos do Paulo Meyer & The Burning Bush

Mestre Paulo, muito obrigado pelo tempo dedicado ao Blog.



quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Blues em Português com Edu Soliani

Estamos no terceiro texto relativo ao tema “Blues em Português”, e então chamei um especialista em música, Edu Soliani. Ele é jornalista, produtor cultural, pesquisador musical e idealizador e apresentador do programa Rota do Blues, que vai ao ar todos os sábados, na SECTV-Canal 44 UHF, Mogi Mirim SP, às 2 da tarde, com reprise aos domingos.

Mediante a uma pessoa com toda essa experiência musical, nada melhor do que ouvir, ou melhor, ler sua opinião sobre esse nosso assunto.

TB: Você gosta de letras de Blues em Português ?

ES: "Gosto muito do blues em português. Sito alguns nomes e canções, que considero, da melhor qualidade:

* Paulo Meyer & The Burning Bush (“Blues da Ilha do Catimbau e “Terno Azul”etc)
* Celso Blues Boy ( Mississipi, De um jeito blues, Fumando na escuridão etc)
* André Cristovam (Genuíno pedaço de Cristo, So Long Boemia, Carne de pescoço etc)
* Blues Etílicos (Na Pele, Louco da cidade, O Sol também me levanta etc)
* Vasco Faé (Trem das 11, De Piituba à Santo André, O blues Brasileiro etc)
* Nasi & os irmãos do blues ( Os brutos também amam, Poeira nos olhos etc)
* Sergio Duarte & Entidade Joe (Não me lembro, Blues pra você etc)
* Cazuza e Barão, Edvaldo Santana, Raul Seixas, Elis Regina, Alceu Valença, Chico Buarque, Zé Ramalho e tantos outros, interpretaram blues em português!!! "


TB: Existe futuro para o Blues nacional, cantado em nossa língua ?

ES: "Acredito que tenha futuro, sim. A cada dia que passa, vejo mais gente interessada em blues. Infelizmente, somos um país de uma língua só, e o blues em português pode aproximá-lo de mais gente. Não que seja a solução. O problema do blues feito no Brasil vai muito além do idioma cantado. Parte dos próprios bluseiros nacionais, creio eu. A Máfia da Mortadela é uma grande sacada para unir a nova safra do blues nacional e chamar a atenção dos mais antigos para a luta em prol do blues. "

TB: O Blues Norte-Americano, traz em suas letras o sofrimento, a bebida e as mulheres como tema principal, você acha que nossa realidade é a mesma ?

ES: "Os dramas pessoais sempre foram os temas principais da música, não só do blues. A alegria e a tristeza andam juntas em todos nós, não tem um único endereço. Mesmo com realidades ‘relativas’ diferentes, esses temas são universais. Claro que, quanto mais perto de nossa realidade, vai soar mais honesto.

Para terminar, saúdo todos os irmãos do blues, sejam eles velhos ou novos, homens ou mulheres e, principalmente, iniciativas, como esta, que nos enche de esperança de ver nossa paixão, o blues, vivo!

Abraço Roberto, Salve a Marafa Blues!!!! "

Edu, nós que temos que agradecer as suas palavras dedicadas ao nosso tema, e espero contar com você mais vezes.
visite os Sites:

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Blues em Português com Paulo Coruja

Hoje trago para o meu blog, uma pessoa conhecida no circuito Blues de São Paulo, meu camarada Paulo Coruja, vocalista e gaitista da Banda Cracker Blues.

A Cracker Blues tem uma sonoridade nervosa, com slides infernais, um vocal marcante e solos de gaita de fazer inveja. Essa Banda teria tudo para fazer apenas som em inglês, mas graças aos deuses do Blues, eles tem composições maravilhosas em Português. Por este motivo, convidei o Paulo Coruja, para responder umas perguntinhas.


TB: Por que fazer letras em Português ?

PC: "No começo foi uma decisão trabalhosa, pois tínhamos em mente que a sonoridade da língua inglesa se adequa bem ao estilo bluesy de cantar, além de que é a língua original dos mestres.

Mas vendo a questão por outro lado, a proposta do blues de raiz era cantar o cotidiano do cara que está ouvindo, cantar o sentimento real do músico para pessoas que entendiam do que ele falava e poderiam compartilhar com ele suas razões. A princípio, porém, tínhamos pensado em compor nas duas línguas. Mas algumas situações ocorreram: apesar de meu domínio do inglês, o sotaque poderia ser um empecilho, posto que nós, brasileiros, tendemos a não gostar de estrangeiros cantando em português (vide as inúmeras versões de Tom Jobim e Ivan Lins, e as críticas que estas recebem, sempre enfatizando o "quase sem sotaque", ou "sotaque carregado"), então talvez a recíproca fosse verdadeira; outra coisa é que muito poucas pessoas entenderiam o que estaríamos falando (visando o público nacional), ou mesmo saberiam se a música é nossa ou uma cover meio "obscura"! Já vi muita banda boa, tocando música própria e o público sem saber se era cover ou não, achando que "essa é do Whitesnake" ou "eu já ouvi essa do Buddy Guy".

(Cracker Blues)

Preferimos em nosso trabalho valorizar a comunicação com o público brasileiro, e tentar, na medida do possível, adequar a sonoridade da língua à que necessitamos em nossas composições.

Hoje em dia é necessário estabelecer uma identidade clara para a banda, de modo que estamos lançando a banda como uma opção de blues em português. No rock nacional, o português tem ganho cada vez mais espaço (vide bandas recentes, como Tomada, Baranga, Cachorro Grande, Matanza, Pitty, e as clássicas Mutantes, Cazuza, etc) então tentamos inserir nossa cara mais "blueseira" nessa seara. "

TB: Como o público reage ?

PC: "Acredito que, se a letra for boa e bem casada com a melodia (lembrando-se que português não se canta da mesma forma que inglês), o público gosta bastante!! Velha Tatuagem e Nascido em São Paulo são nossos carros chefe, e têm sido freqüentemente pedidas em shows, por gente que eu nunca vi , que conheceu a música na Internet ou por meio de amigos!! É bastante impressionante.

Os comentários depois do show são muito receptivos, inclusive a maioria só comenta as músicas em português,(fazemos algumas covers em inglês, mas estamos diminuindo a quantidade) geralmente falando sobre histórias parecidas e elogiando...Acredito ter sido uma opção acertada para aumentar nosso alcance!

Nosso público tem se formado principalmente de pessoas de fora do "público blues"de São Paulo, mais purista, ao contrário do de outros Estados.Temos tido muita aceitação pelo pessoal do Rock, da MPB e por pessoas mais ecléticas, ou que nunca ouviram blues, o que é excelente, pois amplia muito nosso leque! Geralmente nós somos identificados com uma banda de Rock por blueseiros, e com uma banda de blues por roqueiros!

Ao ouvir a letra, as pessoas no princípio prestam atenção, depois do segundo refrão já começam a cantar junto (inclusive temos uma dessas com público cantando no YouTube.

As críticas que ouvi partem geralmente de alguns músicos, não do público, e são no sentido de que “isso não é blues, ou ,é bom, mas não é blues”. Felizmente, não é o que ouço da parte dos músicos profissionais com os quais trabalho!

Sinto um certo “preconceito” da parte de alguns poucos músicos, uma deificação de estilo que, na minha opinião, é prejudicial à música em geral....quando alguém fala que “isso não é blues”, ou “chame de outra coisa”, pressupõe-se um conjunto de regras inquebráveis, que são determinadas por crenças pessoais no que é ou não é um estilo!

Respondo...Nós da Cracker fazemos o nosso blues, e chamamos do que quisermos...Se amanhã quisermos chamar de Cracker Samba, assim será!!" (Risos)

TB: Quem na banda escreve as letras ?

PC: "Eu mesmo, Paulo Coruja, eventualmente com a ajuda de outras pessoas, como a Larissa (produtora) e o Paulo Kruger (baixista).

Achamos por bem seguir um estilo “Robert Johnson+Tom Waits+compositores brasileiros de samba antigo” nas letras e temas, sempre com alguma ironia (eu não consigo compor nada muito triste!), mas sempre evitando soar “engraçadinhos”.

(Paulo e Larissa)

O Brasil tem excelentes compositores, dentro e fora do blues, é só procurar!"






Vida longa a Cracker Blues e Valeu Paulão !!!!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Blues em Português com Marcus Mikhail

Vou iniciar um assunto, que vai se estender em vários outros textos. O que estou pretendendo discutir é o Blues cantado em português.

Existe um preconceito muito grande, em relação ao Blues em português. Acredito que há maioria dos Bluseiros não curtem fazer e cantar o Blues em nossa língua, pois não é tão fácil escrever uma letra que fique bacana, sem aquele tom infantil e apelativo que muitas bandas fazem.

Então, vou trazer sempre um amigo especialista ou um Bluseiro e colocar suas idéias em relação a este assunto.

E neste primeiro artigo, eu consultei meu grande amigo Marcus Mikhail, do Blog Blues Masters, para que ele colocasse sua opinião:

“Particulamente, prefiro o Blues em inglês por associá-lo diretamente com as raizes do gênero e por ser normalmente o idioma em que acabamos conhecendo o blues logo no primeiro contato. Mas, acredito que o blues em português em muitos casos tem qualidade. Eu mesmo conheci bandas do Brasil como por exemplo, o Blues Etílicos, e o que me chamou atenção foram justamente as composições em português. Os temas do blues em português normalmente nos remete ao Blues/Rock tocado no país na década de 70, sempre carregados de bom humor.

Outro ponto importante a ser considerado é que o pioneiro do blues no Brasil, Celso Blues Boy, sempre se apoiou em nosso idioma e o fez muito bem.

Das bandas mais consagradas, gosto muito das letras do Blues Etílicos, como "Safra 63" e "O Sol Também Me Levanta", ambas do primeiro álbum do grupo. O gaitista do BE, Flávio Guimarães também gravou músicas interessantes em português, lembrando muito as composições junto a sua banda.

Atualmente não temos novas bandas na 'linha de frente' do blues nacional que apresente esse trabalho, mas temos muitos exemplos a observar por todo país. Tenho escutado bandas não só preocupadas com a sonoridade, mas também em criar letras extremamente inteligentes. Somente para citar algumas que me chamam atenção, destaco a Blues Power do Rio de Janeiro, o Clube de Patifes da Bahia e aqui em São Paulo a sua Marafa Blues.

Para finalizar, acredito que o blues no Brasil precisa muito de bandas cantando em português também. Dessa forma, a preocupação com as letras torna-se uma constante e deixamos de nos apoiar apenas na virtuosidade do instrumental. Então, teremos um bom instrumental acompanhado de letras idem, ou seja, da forma que o blues deve ser. Simples e direto. “

Links de Bandas:



Link do Blog:

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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Amigos do Blues com Isabel Tavares

Isabel Tavares, Black Bel ou simplesmente Bel. Uma voz herdada das grandes cantoras de Soul e Blues Norte-Americanas, que é capaz de te levar para os bares de Chicago apenas com a magia da sua música.

O palco é sua casa, e o microfone a extensão do seu corpo. Já assisti muitos shows de Blues em minha vida, e sei quando alguém está completamente confortável no que está fazendo. Este é o caso desta grande cantora.
(Eu e a Bel no Mr. Blues)

Conheci a Bel em um ensaio da Black Coffee, pois estávamos querendo um vocal feminino para ampliar o leque da banda. Foi então que ela apareceu, e daí por diante o Blues faz parte de sua vida. Sai da Banda tempos depois, mas acho que a Black Coffee só ganhou com isso.

Quem nunca a escutou ao vivo, não sabe o que é a voz de uma BluesWoman. E se você acha que já se emocionou, vendo esses programinhas de “Talentos” na TV, vá escutar ela cantar, pois ela não é apenas um “rostinho bonito”, ela realmente canta e encanta a alma.



Escute a voz dessa Diva do Blues Nacional:

- Chain of Fools
- Proud Mary
- Hootchie Coochie Girl

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Blues Pela Vida

Hoje vou falar sobre algo muito maior que o Blues, a vida. Então vou aproveitar meu pequeno espaço na intenet, e dizer sobre a importância de um projeto especial.

Idealizado por uma pessoa inacreditável, de um caráter exemplar, amigo e amante de lasanhas, Cláudio Rodolfo “Banha”, criou o projeto Blues pela Vida que tem por objetivo ajudar crianças portadoras do vírus HIV+.

(Eu e o Banha)

Crianças e adolescentes, de zero a 18 anos, que tem seus sonhos e o direito de viver dignamente. Mas como a maioria de nós, ainda somos materialistas e individualistas, esquecemos que temos o dever de ajudar.

O projeto será realizado no dia 04/11/2007, na Av. Visconde de Nova Granada, nº 11 em Osasco. A Entrada é 1kg de alimento não perecível + 05 latinhas de alumínio. Não serão aceitos como doação sal e açúcar. Os alimentos arrecadados serão doados para o Sítio Agar e as latinhas de alumínio (cerveja, refrigerante, outros) serão vendidos e o dinheiro arrecadado será destinado a manutenção da instituição.

Neste dia, teremos participações de várias Bandas de Blues:
-Alcatéia Blues
-Black Coffee
-Blues 4 Fun
-Electric Muddy Blues Band
-Marafa Blues
-Marcião Pignatari e os Takeus
-Sérgio Duarte & Entidade Joe
-Triblues

Participe !!!!

Site do projeto: Blues pela Vida



Veja o video !!!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Multiplicando o Blues

O Blues nacional é dividido em dois grandes grupos, o primeiro é formado por nomes já consagrados que fizeram por merecer e tem seu espaço garantido. Mas não vou falar deles hoje, pois quero dedicar futuros textos a eles. O segundo grupo é formado por bandas em ascensão, e diria que este pedaço é bem maior.

Na verdade este grupo luta por espaços para mostra seu trabalho, e faz disso uma luta cruel e desleal, onde alguns até fazem shows a troca de “pinga”. Não posso condenar ninguém por esta atitude, pois já fiz muito isso no início, para divulgar o nome da minha Banda, mas nunca deixamos isso virar uma constante.


Mas o que quero mostrar é que no meio desta avalanche de bandas, que surgem a cada dia, existem algumas que tem uma visão “administrativa” da situação. São bandas que ao invés de dividir, fazem a multiplicação. Sabemos que os donos de bares querem publico e sabemos que é complicado achar um espaço bacana para fazer um show. Então o que essas Bandas tem de diferente ?

Essas Bandas diferenciadas fazem com que todos ganhem. Quando tem a oportunidade de realizar um Show em uma casa, estendem o convite à outra Banda, e ao invés de um Show, a casa ganha dois ou mais, dependendo do caso. E o que é o mais interessante, o público cresce, pois são várias bandas e cada uma traz seu público. O dono do Bar fica feliz, pois isso gera mais lucros para ele, e assim vai, a multiplicação segue.

Hoje temos a Máfia da Mortadela, uma idealização do meu amigo Cachorro Loiro, que iniciou este projeto, e que tem dado grandes frutos. A Máfia é composta por algumas Bandas e essa união já tem um tempo.

Fora a Máfia da Mortadela, a Banda Cracker Blues também está fazendo um projeto muito bacana, onde ela convida Bandas ou Músicos para seus show.


A minha idéia, quando escrevi este texto, era tentar abrir a cabeça de mais bandas e fazer a multiplicação do Blues.


Segue alguns links das bandas que hoje tem essa idéia:

6467
Black Coffee
Blues on The Table
Cracker Blues
Garbage Truck
Marafa Blues


Obs.: Este texto segue a idéia do meu Amigo Marcus do blog Master Blues. Clique aqui para ler...

Black Bel, valeu pela ajuda no texto !!!

Amigos do Blues com Oswaldo Cachorro Loiro

Uma das pessoas mais bacanas que conheci na trilha do Blues, foi o meu grande amigo Oswaldo Cachorro Loiro.

Em 2002 eu estava procurando Banda de Blues, pois a minha antiga Banda, a Jafer Blue acabou. Procurava anúncios referentes a Vocalista de Blues, então me deparei com um que dizia “...banda em formação procura vocalista para projeto de Blues...”, então respondi e aguardei uma resposta.

No outro dia, recebi um e-mail dizendo do que se tratava a banda, e o que ele estava buscando. Marcamos então em um bar na Zona Sul de São Paulo, para bater um papo. Foi neste dia então que conheci o Cachorrão.

Dias mais tarde, com todos os integrantes já reunidos fizemos nosso primeiro ensaio. Este meu amigo não era um dos melhores gaitistas que eu já tinha visto tocar, mas o que importava mesmo era fazer um som.

Infelizmente na época, eu estava com grandes problemas pessoais e não dei conta da Banda, resolvi sair para não comprometer o som dos caras. Mas este fato não foi problema para a nossa grande amizade.

Anos mais tarde fui convidado para participar de um projeto de Blues, e indiquei meu grande amigo, no primeiro ensaio fiquei impressionado com a evolução do som dele, frases perfeitas e oportunas, fiquei muito feliz de ter indicado ele para banda, que hoje se tornou a Black Coffee.

Ele continua evoluindo a cada dia, e é uma das pessoas mais comprometidas no estudo de seu instrumento. Fora isso, ele é uma pessoa inteligente, divertida e batalhadora, e é por este motivo que dedico este espaço para meu amigo Cachorro Loiro.
Visite o Site da Black Coffee: Black Coffee



Assista a Black Coffee ao vivo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Amigos do Blues com Alê Rossi


O Blues me deu grandes amizades, não estou me referindo aos músicos apenas, mas pessoas que curtem este estilo musical, por isso quero compartilhar essas histórias com vocês.

Claro, que falar de todos essas histórias de uma vez, não seria possível. Por este motivo estou criando o tema “Amigos do Blues”, e para iniciar este tópico vou escrever sobre um cara, que hoje se tornou meu irmão, uma figura singular que está pronto a ajudar qualquer pessoa sem esperar nada em troca.

Eu o conheço há muito pouco tempo, mas parece que essa amizade tem anos. E o engraçado é que no primeiro momento que eu o vi, achei que ele tinha cara de mala.

Lembro que foi no primeiro ensaio da Marafa Blues, onde toda a Banda menos ele tinha chegado, e iniciado um som, que estava redondo, claro só faltando o Baterista. E depois de uma meia hora ele entra no estúdio.

Ao ver o Ale pensei, “Espero que ele toque bem, pelo menos.”. Ainda bem que tudo deu certo. Eu estava em uma fase de procurar Bandas, e já tinha tocado com muita gente, e nenhuma das Bandas tinha a pegada que eu procurava.

O tempo passou, e fomos nos tornando amigos. Hoje devo muita coisa a esse safado, e ele sabe disso. Mas amigos são para essas coisas.

Aprendi duas coisas a respeito deste meu irmão:

1ª não importa o horário que é marcado um compromisso, ele sempre chega atrasado.
2ª ele sempre leva as piores situações de bom humor.
(AlÊ Rossi e Eu no Mr. Blues)

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Primeiro Blues


Olá, amantes do Blues e bons amigos, este é meu primeiro texto e fico feliz em compartilhar com todos vocês.

O meu "Primeiro Blues", foi escrito há muito tempo, não lembro exatamente o ano, mas devo ter escrito no início da década de 90. Mas só fui mostrar essa música em 2000, quando acabei gravando ela com a primeira formação da minha antiga Banda, Jafer Blue, porém a gravação não ficou muito boa e deixamos de lado.

Em 2002, gravamos a música mais uma vez, pois estávamos preparando um CD. A gravação ficou boa, mas infelizmente não lançamos o CD.

Alguns anos mais tarde, aproximadamente no início de 2006, quando a Marafa Blues, a minha Banda atual estava gravando uma demo, decidimos incluir esse som. A "Radio Velho", nome deste Blues, foi a única música própria que gravamos.

Hoje a Marafa Blues está se preparando para gravar seu primeiro CD, e a "Radio Velho" ganhou uma nova harmonia, e garanto que ela vai ficar maravilhosa.

Vou deixar aqui este som, para você escutar: Rádio Velho

Veja também o site da Marafa Blues: Marafa Blues