quarta-feira, 19 de março de 2008

Mestres das seis cordas com Alexandre Spiga

Ele tem um som descomunal, frases alucinantes e uma simplicidade que poucos mestres possuem, por isso é um prazer incrível publicar este artigo.

Alexandre Spiga é o convidado do Blog esta semana e nos conta um pouquinho de sua experiência.

TB:Sei que você tem uma pegada forte de Rock’n’Roll, mas quando está tocando Blues, você transforma sua maneira de tocar e realiza frases maravilhosas. Qual o grande segredo de separar os estilos na hora certa e misturar quando necessário?

AS: "Primeiramente muito obrigado...Realmente eu não escondo minhas influências do rock, muito pelo contrário. Sempre fui fã de Led Zeppelin, Deep Purple, Cream, mas também nunca deixei de ouvir os grandes mestres do blues, nem mesmo na minha fase de adolescente quando ainda gostava de Iron Maiden...rsrs...Sempre gostei muito dos três King’s (B.B., Albert e Freedie), Buddy Guy, SRV, Lonnie Johnson e Elmore James, para citar alguns. Também gosto muito dos caras que fazem a famosa mistura de blues com o rock como Johnny Winter, Hendrix, Jeff Beck, além de artistas mais recentes como Johnny Lang, Joe Bonamassa e Derek Trucks. Eu ouço muita música, desde standards de jazz, rock, country, blues, e penso que isso acaba influenciando na maneira que toco.

Na verdade eu também não sei qual o segredo, mas o que considero mais importante na hora de tocar é ter bom senso e sentir a música, e nesse sentido o blues é maravilhoso porque permite que esse tipo de situação onde você pode ser mais sutil em alguns momentos e mais agressivo em outros. Pra mim o improviso é como contar uma história; ela pode ser curta e direta, mas também pode ser mais longa e com mais sutilezas...Tudo depende do seu estado de espírito!"

TB: Com a banda Paulo Meyer & The Burning Bush, você toca muito no interior de São Paulo e na Capital. Quero saber se existe mais público assistindo shows no interior ou na capital?

AS: "Na verdade nós tocamos mais no interior do que na capital. Temos um bom público na região de São Jose dos Campos, Taubaté e Paraty. No caso da Burning Bush tocamos mais no interior até porque temos melhores condições de trabalho. É claro que é muito bom tocar em São Paulo, alias, muitas pessoas que gostam da banda cobram mais shows por aqui, mas as casas infelizmente não dão condições mínimas para que isso aconteça com mais regularidade. Não posso generalizar porque é claro que existem lugares ótimos, mas pelo tamanho da cidade e sabendo que há espaço para todo tipo de público, penso que a situação ainda está longe de ser a ideal."

TB: Que tipo de equipamento te agrada? O que você usa para ter um som vintage e com muita energia?

AS: "O mais importante é ter uma boa guitarra e um bom amplificador independente da marca, e que você se sinta confortável com seu instrumento. Sou fã da Fender Stratocaster, tenho uma American Standard ’91 (minha número 1) e uma American Deluxe ’05. Tenho também uma Gibson SG Reedição de ’61 que comprei recentemente e estou gostando bastante além de uma Tagima Telecaster que estou envenenando aos poucos. Meu amplificador é um Rivera, que é um valvulado de 100 watts e com dois falantes de ’12 Celestion. Fora isso uso um wha-wha Cry Baby, um Turbo Overdrive e um Chorus da Boss. Penso que uns 70% do som vem da pegada do guitarrista; se você der um violão Tonante na mão do B.B.King, ele vai continuar soando como o B.B.King!!! Sempre é possível tirar um som legal do seu equipamento mesmo que ele seja modesto."

TB: Quais os seus projetos? Você dá aulas de guitarra?
AS: "Além de tocar o Paulo Meyer - que é minha banda principal - toco na banda Fireball que faz tributo ao Dee Purple. Também toco no Quarteto de Guitarras Kroma, que tem como proposta desenvolver a música de câmara com quatro guitarras, executando obras eruditas e populares.

Sou professor de guitarra desde 1993 e atualmente leciono na escola de música Legends e dou aulas particulares."


TB: Spiga, é um prazer enorme ter você nas páginas do blog. Deixo agora um espaço para seus comentários finais.

AS: "Muitíssimo obrigado pela oportunidade! É uma honra aparecer nas páginas do seu blog.

Aproveito para deixar um grande abraço aos meus companheiros de banda, pois acredito muito no trabalho que fazemos juntos, além da amizade e carinho que tenho por todos eles...Aliás, faço questão de citar o nome de todos! Paulo Meyer (Vocal), Paulo Resende (Bateria), Caio Góes (Baixo) e Mateus Schanoski (Tecaldo), e agradeço também a todas as pessoas que me apóiam e acreditam no meu trabalho. VALEU!!!"



Black Magic Woman



Só Tomando Uma

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- Site Paulo Meyer & The Burning Bush

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